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História da Rota das Doceiras

 

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A produção de doces e quitandas da região da Lapinha em Lagoa Santa é uma tradição reconhecida entre os principais atrativos turísticos da cidade, atendendo há muitos anos o público turístico da Gruta da Lapinha e região. Essa tradição mineira de produção de doces e quitutes remete em grande parte a tradição da gastronomia portuguesa, implantada no Brasil no contexto das grandes fazendas, o que trouxe o hábito da sobremesa, e da comida de passatempo, inserida em contextos de convívio social. Essa gastronomia se consolidou em terras mineiras na medida em que os ingredientes foram adequados ao contexto local, utilizando insumos típicos da terra.

Na região da Lapinha em Lagoa Santa, a tradição da produção de doces e quitandas teve início na primeira metade do século XX, quando as chances de ascensão social para as mulheres da região eram limitadas, restando muitas vezes aprender os ofícios de suas ascendentes. Desta forma a prática artesanal de produção de doces e quitandas da região foi repassada de geração em geração pela comunidade local.

 

 

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Os doces e quitandas ganharam destaque principalmente a partir dos anos 70, com a inauguração da Gruta da Lapinha como atrativo turístico. Esse fato proporcionou as doceiras dispor de um espaço no entorno da Gruta para a comercialização de seus produtos, fazendo com que essa atividade se tornasse a principal fonte de renda para diversas famílias da região.

A partir de 2012 a administração da gruta foi cedida ao Parque Estadual do Sumidouro, o que culminou na perda do espaço das doceiras, trazendo prejuízos e perdas à muitas famílias que se dedicavam a essa atividade. O projeto da Rota das Doceiras surge a partir da necessidade da própria comunidade, e traz como função resgatar e incentivar a tradição da produção e comércio de doces, quitandas e artesanatos da região da Lapinha. Além de resguardar parte da história regional, o projeto busca também ampliar essa importante fonte de renda para a comunidade local.

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