A Prefeitura lembra que após a chuva, os caramujos africanos se proliferam, pois eles gostam de ambientes quentes, úmidos e com sombra. Os quintais das residências e os terrenos abandonados são lugares ideais para a reprodução destes moluscos.


Dito isso, é importante saber que embora não seja venenoso, o caramujo é hospedeiro da meningite eosinofílica, causada por um verme que passa pelo sistema nervoso e se aloja nos pulmões, e da angiostrangilíase abdominal, verminose que pode se tornar grave e levar ao óbito se o verme, que se aloja no intestino, causar a perfuração do órgão. 

Em razão disso, o cuidado no manejo e eliminação dos caramujos deve ser redobrado. É preciso atentar para a eliminação correta do animal, evitando o contato com o molusco, que vive na concha, sem proteção nas mãos. A gosma liberada por ele pode transmitir as verminoses.

Sugerimos realizar catação manual, protegendo as mãos com a utilização de luvas descartáveis. Envolva os caramujos em um saco de plástico, adicione álcool mais cloro, ou dentro do saco plástico em caso de não utilização da solução informada acima, realize o esmagamento mecânico dos moluscos. Faça uma vala de 50 x50 cumprimento, forre o fundo com cal virgem para impermeabilizar o solo, despeja os caramujos contidos no saco. Não transporte e nem jogue os caramujos em terrenos baldios, matas e similares.

Ressaltamos que a destruição da casca é de extrema importância, uma vez que estas, podem se transformar em criadouros do mosquito Aedes aegypti e trazer outros agravos de saúde para população.

É comum encontrar pessoas que usam sal para matá-los, mas o método é demorado e gasta muito sal, além de prejudicar o solo. Também não é indicado atear fogo, pois além de o caramujo demorar para morrer é uma atitude que causa riscos, além da ação ser condenada por órgãos ambientais. 

Também é preciso eliminar os ovos, que são encontrados a cerca de um centímetro da superfície da terra. Eles são parecidos com sementes de quiabo, com a mesma coloração e tamanho, e podem ser eliminados com a solução de água sanitária, da mesma forma que os moluscos adultos.

Caso haja dúvidas, buscar orientação com os Agente de Endemias nas visitas domiciliares ou no Setor de Zoonoses: 3688-1446, no horário de 8h30 às 17h30.

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Caramujo africano. Foto: HARNZING / Shutterstock.com